Introdução: A pandemia de COVID-19 ocasionou uma mudança no cenário epidemiológico do mundo, alterando a forma como os indivíduos da pós-modernidade relacionam-se. Considerando que o isolamento social é a medida não-farmacológica mais eficaz no controle da transmissão viral, tem-se que as modificações nas esferas políticas, sociais, sanitárias e econômicas impactaram, positivamente ou negativamente, na qualidade de vida relacionada à saúde dos indivíduos. Diante do cenário educacional no Brasil, sabe-se que a substituição do ensino presencial pelo ensino remoto evidenciou problemáticas importantes para os docentes, tais quais são a sobrecarga de trabalho, distúrbios no sono pelo uso excessivo de telas, estresse pela implementação de uma nova dinâmica de ensino, ausência de participação dos alunos pelas plataformas digitais e aumento da evasão escolar. Objetivo: Analisar, na literatura, as avaliações da qualidade de vida relacionada à saúde de docentes relacionadas à pandemia de COVID-19. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em novembro de 2021, na SciELO e na base de dados PubMed, selecionando-se, 6 artigos, sendo todos publicados no período de 2020 a 2021. Além disso, foram utilizados protocolos do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. Os descritores utilizados durante a pesquisa bibliográfica foram: Qualidade de Vida; Docentes; Pandemias; Infecções por coronavírus; e Educação, identificando semelhanças entre aquelas pesquisas que respondiam à pergunta: Quais são as avaliações da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde dos docentes brasileiros e quais os fatores evidenciados? Resultados e Conclusões: Sabe-se que a pandemia de COVID-19 tem exigido a transposição dos paradigmas educacionais, destacando-se os aspectos comunicacionais, sociais, tecnológicos e pedagógicos, uma vez que anterior ao contexto pandêmico, os docentes assumiam um papel de coadjuvante, juntamente com os livros no processo de aprendizagem, entretanto, com a pandemia, eles representam um considerável protagonismo neste processo. Em análise na literatura, verificou-se que o índice da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde dos docentes foi modificado, sendo os fatores avaliados a presença do ensino remoto, uso de ferramentas tecnológicas até então desconhecidas, extensa carga horária semanal, dificuldades na adaptação de práticas didáticos pedagógicas do ensino online e obter a responsabilidade de ser protagonista no processo de aprendizagem. Destarte, ilustra-se que a avaliação da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde dos docentes sofreu os impactos da pandemia do novo coronavírus, isso porque os dados bibliográficos norteadores dessa pesquisa mostraram que o isolamento social causou a quebra do paradigma do processo de aprendizagem e das relações sociais. Dessa forma é trivial que os docentes estão mais propensos a desenvolver um índice menor de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde justamente pela posição social em que estão inseridos.