Sarah Maria SANDERS DE SÁ, Isabella BREVE VARASQUİM, Carolina MİCHELS, Amanda CASTRO, Kristian MADEİRA

QUALIDADE DE VIDA DOS MÉDICOS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO EXTREMO SUL CATARINENSE

Introdução: A qualidade de vida é um tema cada vez mais relevante em nossa sociedade. Nesse sentido, os médicos, que são o objeto de estudo nesse trabalho, possuem um papel fundamental para os cuidados de saúde da população e necessitam de atenção para com sua própria saúde e qualidade de vida. Muitas vezes esses profissionais possuem condições de trabalho estressantes, as quais podem trazer sobrecarga, comprometendo sua qualidade de vida e trazendo agravo em sua saúde e produtividade. Objetivo: Conhecer e avaliar a qualidade de vida de médicos especialistas de um hospital de alta complexidade no extremo sul de Santa Catarina. Método: Neste estudo de caráter transversal, os dados foram obtidos a partir da aplicação do questionário validado e usado para mensuração da qualidade de vida, WHOQOL-bref, e de questionário sociodemográfico criado pelos pesquisadores. O estudo deu-se em um hospital de alta complexidade do extremo sul de Santa Catarina. Resultados: Foram avaliados 74 médicos de diversas especialidades, dos quais, 50 (67,6%) eram do sexo masculino, com uma média de idade de 37,3 anos e 52,7% do total eram casados. Além disso, a maioria (52,7%) possuíam carga horária de trabalho semanal de mais que 60 horas e as especialidades predominantes foram Anestesiologia (14,9%) e Radiologia (10,8%). Em relação aos locais de trabalho, 54 (73%) dos entrevistados trabalhavam em outro local aquém do local do estudo. Na avaliação da qualidade de vida, a média geral foi de 73,10. Em relação aos quatro domínios avaliados pelo WHOQOLl-bref, observou-se que o domínio físico apresentou a maior pontuação, com escore de 77,58 (DP±11,51), enquanto e o domínio relações sociais apresentou o menor, com 72,73 (DP±14,81). O domínio psicológico apresentou escore de 74,11 (DP±11,97) e o domínio meio ambiente de 75,48 (DP±10,18). Conclusão: Houve predominância do sexo masculino, com uma média de idade jovem e daqueles que possuíam companheiros. Embora nosso estudo sugira que a melhor qualidade de vida se deu entre os indivíduos do sexo masculino, divorciados e os médicos pediatras, o valor-p de todas as comparações foi superior à 0,050, mostrando que não houve diferenças estatisticamente significativas entre as médias dos escores de qualidade de vida para cada um dos domínios quando os médicos são comparados em relação à especialidade, ao sexo e ao estado civil. Além disso, é se suma importância considerar que o tema qualidade de vida é muito complexo, uma vez que reflete valores individuais que podem modificar-se diante de determinados momentos da vida de um indivíduo.

Anahtar Kelimeler: