PREVALÊNCIA DO SEDENTARISMO NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE ANTES E APÓS A COVID-19

Introdução: O exercício físico é um elemento fundamental para a saúde e bem-estar, tendo também um papel importante na prevenção de várias doenças. Em todo o mundo o excesso de peso e o sedentarismo estão a aumentar, sendo que cada vez mais as profissões são mais sedentárias e os ritmos intensos de trabalho colocam a prática de desporto para segundo plano. Os Profissionais de Saúde seguem esta tendência, passando cada vez mais tempo sentados em frente a um ecrã. A pandemia da COVID-19 veio provocar alterações nos hábitos das pessoas que se traduziu num aumento da taxa de sedentarismo. Objetivo: Determinar a percentagem de Profissionais de Saúde que particam exercício numa Unidade Local de Saúde antes da pandemia COVID-19 e após o seu início.Método: Estudo transversal, com recolha de dados nos exames médicos de Medicina do Trabalho a todos os Profissionais de Saúde, sobre a prática de exercício físico sustentado, isto é, pelo menos 150 minutos de exercício por semana de ritmo moderado a intenso nos últimos três meses. Os dados foram analisados em dois momentos distintos: dezembro de 2019 e outubro de 2021. Resultados: Em dezembro de 2019 a Unidade Local de Saúde apresentava um total de 2255 trabalhadores, maioritariamente mulheres (77.2%), com idade média de 47.67 anos, sendo que 37.9% eram Enfermeiros, 19.2% eram Médicos, 18.4% eram Assistentes Operacionais, 22.5% eram Assistentes Técnicos e cerca de 2% eram Técnicos Superiores. Da análise de dados efetuada obteve-se um total de 85.7% dos profissionais que não praticavam exercício físico sustentado. Encontrou-se maior prevalência na faixa etária dos 50-59 anos, maioritariamente mulheres e a classe profissional mais sedentária foi a dos Assistentes Operacionais.Em outubro de 2021 a Unidade Local de Saúde apresentava um total de 3419 trabalhadores, sendo 77% mulheres, com média de idade de 45.51 anos, sendo que 18% eram Assistentes Operacionais, 25% eram Assistentes Técnicos, 32% eram Enfermeiros, 19.4% eram Médicos e os restantes eram Técnicos Superiores. Nesta segunda análise obteve-se um total de 94.92% de profissionais que não praticavam exercício físico sustentado, sendo que 82.34% eram mulheres, com predomínio novamente na faixa etária dos 50-59 anos e na classe profissional dos Assistente Operacionais. Conclusões: Com este estudo podemos concluir que a percentagem de Profissionais de Saúde que praticavam exercício diminui consideravelmente com o aparecimento da pandemia pela COVID-19. Vários fatores podem justificar este aumento, incluíndo os ritmos intensos de trabalho, o aumento da carga horária e as limitações para a prática de exercício em locais fechados. Sabemos que o sedentarismo em muito contribui para o excesso de peso e doenças crónicas, manifestando-se em diminuição da produtividade e absentismo ao trabalho.

PREVALENCE OF SEDENTARISM IN HEALTHCARE PROFESSIONALS OF A LOCAL HEALTH UNIT BEFORE AND AFTER COVID-19

___

  • Reference 1 ................................
Sağlık Akademisi Kastamonu-Cover
  • Yayın Aralığı: Yılda 3 Sayı
  • Başlangıç: 2016
  • Yayıncı: Esra DEMİRARSLAN
Sayıdaki Diğer Makaleler

OLHARES E ESPELHOS NO FENÔMENO MORTE: CONTRIBUIÇÃO PARA AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CONTEMPORANEIDADE

Vera Lúcia CHALEGRE DE FREİTAS

SAÚDE MENTAL DE IMIGRANTES NA COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Jéssica LİMA SANTOS MENDES, Cláudia JESUS PİNHEİRO, Mariá LANZOTTİ SAMPAİO, Jamily CERQUEİRA ETİNGER ALMEİDA NOVAİS, Nília Maria BRİTO LİMA PRADO, Marianna MATOS SANTOS

DESIGN UNIVERSAL COMO PROMOTOR DE QUALIDADE DE VIDA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Graziela De Fátima SOUZA CARMO, Fábio DOS PASSOS CARVALHO, Fernanda NASCİMENTO CORGHİ

EXPERIÊNCIA DE ADULTOS COM PRÁTICAS DE (AUTO)CUIDADOS (NÃO) CONVENCIONAIS DE SAÚDE EM PORTUGAL PANDÉMICO

Rute F. MENESES, Anna Rita GİOVAGNOLİ, Maria Cristina MİYAZAKİ

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO TELEJORNALISMO: ANÁLISE DISCURSIVA DE UMA MESMA NOTÍCIA EM DOIS VEÍCULOS COM FILIAÇÕES DISTINTAS, MAS NÃO TANTO ...

Sérgio NUNES DE JESUS, Celso FERRAREZİ JUNİOR, Ana Cristina DE SOUSA DAMASCENO

EXPERIÊNCIAS NO LOCAL DE TRABALHO DE INDIVÍDUOS LGBTQ+ EM PORTUGAL: UM ESTUDO PILOTO DE MÉTODO MISTO

Colleen BEATRİZ, Henrique PEREİRA

COVID-19: IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL E NAS PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO DE MULHERES BRASILEIRAS

Bárbara HULLY SOUSA LUNAS, Clarissa PONTES VİEİRA NOGUEİRA, Elaine SİLVA NASCİMENTO VASCONCELOS, Taiza PEREİRA AGUİAR

SÍNDROME DA RESPIRAÇÃO ORAL: CONSEQUÊNCIAS SISTÊMICAS E IMPLICAÇÕES NA QUALIDADE DE VIDA DE UM RESPIRADOR BUCAL EM UMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR- UMA REVISÃO DA LITERATURA

Ana Clara CÂMARA RODRİGUES

IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE NÍVEIS RECOMENDADOS DE ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA E NA APTIDÃO FÍSICA FUNCIONAL DE MULHERES IDOSAS

João ROCHA, Andreia TEİXEİRA, Graça PİNTO, Armando AİRES, Diogo NÓBREGA, Helena MOREİRA

QUALIDADE DE VIDA DOS MÉDICOS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO EXTREMO SUL CATARINENSE

Sarah Maria SANDERS DE SÁ, Isabella BREVE VARASQUİM, Carolina MİCHELS, Amanda CASTRO, Kristian MADEİRA