Introdução: Atualmente o país vive uma pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2), considerada uma importante crise de saúde pública, que ameaça a humanidade. Além dessa ameaça, em relação a contaminação pelo Coronavírus existe um outro agravante, que é o adoecimento emocional e mental das equipes que estão diretamente ligadas ao cuidado dos pacientes suspeitos e infectados pela doença. Objetivo: Este estudo buscou-se avaliar qual é o impacto psicológico gerado nos profissionais da saúde que atuam diretamente na assistência do paciente suspeito ou portador do Coronavírus. Método: Foi utilizado nesse estudo a técnica da Revisão Integrativa da Literatura (RIL) com o intuito de identificar os artigos disponíveis nas bases de dados eletrônicas, que constam na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e abordam a temática estudada. A RIL busca apresentar uma síntese dos resultados de pesquisas anteriores, com enfoque nas conclusões encontradas nesses estudos, a respeito de um fenômeno específico, o que permite a compreensão de todos os estudos, relacionados à questão norteadora, e direciona essa busca na literatura. Foi realizada uma busca utilizando-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), com os seguintes termos: “saúde mental” e “Covid 19” utilizando o operador booleano “AND” e aplicado os filtros: língua portuguesa, artigo completo, publicado nos últimos 5 anos e que tinham como assunto principal saúde mental e pessoal da saúde. Resultados: Ao ser realizada a busca criteriosa na BVS obteve-se 53 artigos que foram fruto do cruzamento dos descritores e aplicação dos filtros. Aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão obteve-se o total de 10 artigos que fizeram parte da amostra de estudos analisados. Conclusões: Ficou evidente, conforme observado nos estudos, que os profissionais de saúde estão adoecendo fisicamente e mentalmente ao atuarem na linha frente do cuidado e combate ao Coronavírus. Não é possível, ainda, mensurar quais serão as consequências e desfechos frente a essa atuação exaustiva nos cuidados aos pacientes. Também não se sabe por quanto tempo essa pandemia se manterá intensa e presente nos serviços de saúde. O que já é possível concluir é, que se nenhuma estratégia de prevenção for realizada, com certeza, haverá um déficit de profissionais para atuarem na linha frente, por estarem adoecidos mentalmente. A implantação de programas que possam estimular a busca por ajuda especializada, como também a participação em ações ou programas de hábitos de vida saudável, podem ser estratégias que auxiliem e consigam minimizar os danos que já se enfrenta, como os que que estão por vir. Isso mostra que os setores que atuam diretamente na saúde do trabalhador precisam se organizar atuarem precocemente nesses grupos de profissionais, afim de reduzir o número de afastamentos, como também de desligamentos e rotatividade de profissionais. Não parece ser uma tarefa fácil, muito menos a ser desencadeamento apenas pelo setor da saúde do trabalhador.