Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população em todo o mundo fosse mais ativa, ou seja, mais tempo se movimentando e na pandemia da COVID-19, com a necessidade de isolamento, houve uma diminuição na prática de atividade física. Objetivo: Analisar as características de hábitos levantando o tempo dedicado a prática de atividade física, o nível de satisfação dos trabalhadores em teletrabalho e se realizam horas extras. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado no período de junho de 2021 a outubro de 2021, cuja amostra por conveniência após convite na metodologia bola de neve com uso de redes sociais foi constituída por 34 trabalhadores, sendo 23 mulheres e 11 homens com faixa etária de 19-50 anos pareadas por trabalho remoto em ambiente domiciliar, uso de computador e postura sentada por longos períodos, pelo menos quarenta horas semanais em oito horas diárias. A análise foi realizada de forma qualitativa através das respostas enviadas pelos trabalhadores via FORMS e a escolha dessa ferramenta nesse estudo possibilitou avaliar os hábitos e nível de satisfação dos trabalhadores respeitando a privacidade do ambiente domiciliar dos participantes, pois estes estão em trabalho remoto, e por isso, foi necessário um questionário on-line. Resultados: Ao serem questionados se realizam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana, 52,9% dos trabalhadores não realiza e 47,1% realiza, sendo assim a maior parte da população trabalhadora analisada é considerada sedentária. A população trabalhadora ainda que satisfeita, ou muito satisfeita, ou insatisfeita com suas condições de trabalho pontuou oportunidades de melhoria em seus postos de trabalho em casa evidenciando a importância de envolver o trabalhador nas oportunidades para suas condições de trabalho e a carga de trabalho relacionada a quantidade de dias que os trabalhadores realizam horas extras e que por consequência prolongam a sua postura sentada por longos períodos não teve impacto com o grau de satisfação, pois os trabalhadores insatisfeitos não realizam horas extras e os muito satisfeitos e satisfeitos realizam. Vinte e nove trabalhadores, variando entre os graus de satisfação em relação aos seus trabalhos, pontuaram oportunidades de melhoria ao serem questionados o que facilitaria o seu trabalho, a maior parte são sugestões de melhoria relativas a mobiliários, equipamentos e uma melhor organização do trabalho. Conclusão: O estudo indica as possíveis causas, que podem prejudicar a saúde dos trabalhadores, com agentes causadores relacionados a diversos fatores como por exemplo os organizacionais relacionados ao tempo dedicado ao trabalho sedentário e seus impactos na saúde e satisfação do trabalhador.