Introdução: A pandemia de COVID-19 pode ter um impacto negativo pronunciado na nossa saúde física e saúde mental, tendo impacto acrescido na pessoa com diagnóstico de Perturbação Obsessivo-Compulsiva. As recomendações sugeridas para diminuição da disseminação de COVID-19 pelas organizações de saúde, a comunicação dos media, os fatores predisponentes desta perturbação, provocou um aumento de comportamentos antigermicidas contribuindo para o processo de agravamento da doença mental. A situação atual de perigo iminente da possibilidade de contágio poderá desencadear um medo obsessivo de contaminação existente em algumas pessoas, agravando assim os sintomas de ansiedade e a manutenção dos comportamentos compulsivos, de modo a evitar o perigo. O impacto psicossocial da pandemia de COVID-19 levou ao agravamento de perturbações obsessivas-compulsivas, depressivas e de ansiedade, incluindo ataques de pânico, ansiedade. Objetivo: Nesta situação específica, torna-se difícil discernir quais os comportamentos razoáveis que ocorrem agudizados pela ansiedade associada ao fator stressor COVID-19. Este estudo caso descreve um agravamento dos sinais e sintomas inerentes a Perturbação Obsessiva-compulsiva.: identificar e reduzir sintomas associados a Perturbação Obsessivo-Compulsiva através de intervenções especializadas. Promover a reflexão, sobre a implementação das intervenções psicoterapêuticas e psicoeducacionais. Método: Estudo Caso, tendo por base a avaliação exame físico e mental, a história Clínica de Enfermagem utilizando o modelo teórico de Hildegard Peplau. Posteriormente foram identificados os diagnósticos com base na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem aplicando as intervenções presentes na Classificação das Intervenções de Enfermagem. Foram ainda aplicadas as escalas de Medida de Adesão aos Tratamentos, Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale Versão Experimental e o The State - Trait Anxiety Inventory – O Inventário de Estado-Traço de Ansiedade. Resultados: o enfermeiro especialista em enfermagem de saúde mental tem um papel fundamental na promoção e manutenção da saúde mental e do bem-estar e reabilitação, baseado nos modelos teóricos e conhecimento científico, proporcionando condições para que a vida da pessoa, família e comunidade seja vivida com o máximo potencial possível. Os resultados obtidos demonstraram que as intervenções psicoterapêuticas e psicoeducacionais, individuais ou familiares, promovem o conhecimento, compreensão e gestão efetiva dos problemas relacionados com a saúde mental. Conclusões: fatores inerentes pandemia de COVID-19 podem piorar os sintomas nos utentes com Perturbação Obsessivo-Compulsiva, tornando assim este grupo de pessoas mais afetado diretamente durante a mesma. Uma intervenção especializada, sistematizada e individualizada permitiu uma melhor organização do plano de cuidados, proporcionando, durante a implementação das ações, melhor avaliação dos resultados e, sempre que necessário, a modificação ou finalização de algumas intervenções.