ALTERAÇÕES NO COTIDIANO E PERCEPÇÕES ACERCA DA SAÚDE E DA QUALIDADE DE VIDA EM TRABALHADORES DA SAÚDE EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19

Introdução: A COVID-19, infecção respiratória provocada pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) é um problema de saúde pública global que imprimiu uma nova dinâmica ao mercado de trabalho e ao cotidiano das pessoas. A doença foi declarada uma pandemia em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), caracterizando uma crise sanitária mundial. Devido à ausência de vacinas e de terapias eficazes para o tratamento da doença, uma combinação de medidas de saúde pública foi adotada mundialmente para mitigar a propagação do vírus e evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. Medidas protetivas como o isolamento de pessoas contaminadas ou que tiveram contato próximo com doentes, o incentivo à higienização das mãos, à adoção de etiqueta respiratória e ao uso de máscaras faciais, assim como a realização de distanciamento social ocorreram de modo gradual e distinto em diferentes países. Como consequência, a pandemia causou importante impacto na atividade profissional dos trabalhadores em geral, sobretudo dos autônomos (que trabalham por conta própria), trabalhadores informais ou com vínculos mais frágeis, como os profissionais liberais sem vínculo empregatício. Em decorrência do distanciamento social, profissionais liberais tiveram perda de rendimentos, tornando a renda familiar incerta, impactando a qualidade de vida destes trabalhadores. A pandemia da COVID-19 é um problema de saúde pública global que imprimiu uma nova dinâmica à economia mundial. Objetivo: Investigar alterações nas atividades do cotidiano, percepção de saúde e qualidade de vida de trabalhadores da saúde nos primeiros meses da pandemia de COVID-19 em território brasileiro. Método: Inquérito online, realizado com 145 trabalhadores. Utilizou-se estatística descritiva, teste Qui-quadrado e teste Mann- Whitney U. Resultados: A maioria dos respondentes foi composta por mulheres (86,2%), com mediana de 33 anos, terapeutas ocupacionais (36,6%) e residentes em Minas Gerais (67,6%). Houve alteração da renda (72,4%) e 69,6% mantiveram a reslização de trabalho na forma presencial. Houve redução no convívio social (88,3%); atividades de lazer (81,4%); atividade física (59,3%); atividade religiosa (42,8%); e trabalho (44,8%). Houve intensificação na realização de cuidados com a casa (76,6%); estudos (38,6%); descanso (31,7%); autocuidado (31%); e cuidado com dependentes (30,3%). A maioria autoavaliou negativamente sua saúde física (53,8%); saúde mental (64,1%); sono (64,1%); e qualidade de vida (56,5%), apresentando níveis altos de cansaço (61,4%) e alterações na alimentação (57,3%). A qualidade de vida associou-se com atividade física (p=0,004); atividade religiosa (p=0,000); alimentação (p=0,005); cansaço (p=0,000); qualidade de sono (p=0,000) e autopercepção de saúde física (p=0,000) e mental (p=0,000). Conclusão: Os trabalhadores liberais brasileiros que atuam na área da saúde apresentaram alterações no cotidiano, com persepção de piora na saúde física e mental associadas à pior qualidade de vida em decorrência da adoção de medidas restritivas pelos diferentes estados do território brasileiro devido à pandemia de COVID-19.

CHANGES IN DAILY LIFE AND PERCEPTIONS ABOUT HEALTH AND QUALITY OF LIFE IN HEALTH WORKERS ARISING FROM THE COVID-19 PANDEMIC

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  • Reference 1 .................................
Sağlık Akademisi Kastamonu-Cover
  • Yayın Aralığı: Yılda 3 Sayı
  • Başlangıç: 2016
  • Yayıncı: Esra DEMİRARSLAN
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